Os protestos de junho de 2013 foram um momento muito importante na história deste Brasil varonil. De repente, o tal do “Gigante acordou” (é… mais ou menos, mais ou menos) e foi às ruas protestar com uma pauta extensa de reivindicações em suas mãos.

Embora o país possua um histórico repleto de importantes movimentos sociais e lutas populares, a ideia de que sempre fora formado por um povo pacífico e gentil acabou impregnada na cabecinha de muita gente, sobretudo após o período da Ditadura Militar, na qual qualquer tipo de protesto e manifestação era taxado como ato de gente subversiva, desordeira e inimiga da pátria. Esta herança bizarra está aí até hoje.

Estas manifestações podem ter sido as primeiras de muita gente, mas um protesto muito famoso já fazia sucesso na TV. Quem não se lembra do dia em que a Dona Neves organiza um protesto ao saber que Chaves trabalhava no restaurante da Dona Florinda apenas em troca de gorjetas? Vale a pena ver de novo!

Se um protesto como este acontece hoje, seria capaz de algum colunista de revista semanal, criado  a leite com pera e Ovomaltine, dizer que a Dona Neves é uma comunista perigosa, que a polícia deveria ter invadido e restaurante e sentado a borrachada nas velhinhas e e que oferecer o salário mínimo ao Chaves seria um grande crime contra a economia, visto que as gorjetas eram a recompensa justa e abençoada dada pelo Deus Mercado.