GÊNIO.

Roberto Bolaños, como todo gênio, é imortal. Sua obra é atemporal, fantástica, legendária.

Ao criar o menino Chaves, Bolaños se espelhou na sua infância e na de milhões de crianças pobres espalhadas por toda a América Latina. Seus personagens magníficos eram reais, estavam na TV mas também fora dela. O cenário mais famoso de suas ideias era um cortiço, um espaço comum às grandes cidades latinoamericanas das décadas de 60 e 70 – quando Chespirito já brilhava -, um palco que talvez seja a melhor síntese de nossa história recente: a parte da cidade que sobrou, a periferia onde pobres se amontoam em busca de um pedaço de teto, de esperança, em meio à fome e à falta de oportunidades. Quantos Madrugas e Chaves não existem do México até aqui?

Essa identidade comum é a grande responsável pelo sucesso das obras de Chespirito, pois foi com ela que o mestre criou suas lindas histórias e projetou de uma maneira friamente calculada todas as risadas e alegrias que iria nos proporcionar. Suas piadas e brincadeiras sempre nos farão rir, porque além de geniais, elas nos pertencem, e nós pertencemos a elas. Bolaños fala conosco, ri conosco e também chora conosco. Que por trás de cada desjejum, cacetada, aluguel atrasado, sanduíche de presunto prometido e brinquedo ignorado sejamos capazes de sempre enxergar tudo aquilo que ele quis nos mostrar.

Chespirito, você é o máximo! Muito obrigado por toda a sua astúcia!

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Chaves e a Crítica Social

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