Desordem da Ordem  

O que o terremoto no Haiti e as enchentes no Rio têm em comum?

Há um ano, o Desordem Pública falava sobre os terríveis problemas do Haiti. O grande tremor de terra, aliado à imensa pobreza do país, foram catastróficos para a vida de todo o povo sofrido haitiano.

Paralelamente, dezenas de artistas pop se juntaram para fazer grana à custa da miséria alheia, ao lançarem uma reedição de We Are The World em prol do país caribenho. Um ano após a tragédia que assolou o país, a miséria e a pobreza continuam mais fortes do que nunca, e o país, mais uma vez, isolado e esquecido.

Há um ano, o Desordem Pública também falava das devastadoras enchentes que assolavam diversas regiões do país. A força da natureza, impiedosa e multiplicada pelo aquecimento global, atingiu em cheio cidades inteiras, chacinando centenas de brasileiros sob os olhos alheios de seus governantes.

Paralelamente, dezenas de campanhas de doações foram criadas, e inúmeras mobilizações midiáticas procuraram a audiência dos brasileiros atônitos. Um ano após as tragédias, vemos a repetição do caos e a proliferação da destruição e da miséria. O país, mais uma vez, isolado e esquecido.

Mas o mundo não pode parar. A música pop balança os corpos com o mesmo efeito que os terremotos. E o carnaval inunda o povo sofrido com suas batidas que fazem lavar a alma.

E o povo, que vê casas inocentes totalmente destruídas todo início de ano, volta seus olhos para uma casa indestrutível, povoada por homens sarados, modelos seminuas e o Pedro Bial.

E a tragédia humana segue o seu ciclo.

Outros  

A Mais Nova Gafe de George W. Bush

VERGONHA ALHEIA - Desordem Pública

Tem gente cuja existência é simplesmente desprezível.

Gerge W. Bush é um exemplo. Presidente dos Estados Unidos por duas vezes, filho do ex-presidente que iniciou a Guerra com o Iraque, Bush foi o homem que se recusou a assinar o protocolo de Kyoto, inventou que o Iraque possuia armas de destruição em massa e o  invadiu, contra a vontade da ONU, arrasou o Afeganistão com suas bombas gigantescas, caçando Bin Laden, membro da família com a qual mantém laços econômicos, dividiu o Iraque entre empresas ligadas a ele, sua família e seus partidários, colocou países como Cuba, que mal tem exército para brincarem de marcha soldado, na lista do “Eixo do Mal”… E gastou bilhões e bilhões do orçamento norte-americano para produzir o maior arsenal bélico do mundo. Com a desculpa que é preciso defendê-lo. Não sabemos ao certo de quem. Ah sim! Do terror! Malditos terroristas matadores de inocentes! Aliás, graças a eles e a vista grossa do governo Bush, as Torres Gêmeas do WTC foram alvejadas. Propositalmente.

 

Coisas que acreditamos, Especiais  

We Are The Hipócritas…

HAITI

No ultimo tópico sobre o Haiti vimos toda a hipocrisia que se tornou visível depois do forte abalo de 7 graus na escala Ritcher. Um país esquecido e miserável subitamente ganhou toda a atenção do mundo, recebendo em uma semana uma quantia superior que o seu próprio PIB.

We-are-the-world

Na semana que se passou, artistas pop se uniram para regravar a célebre música “We Are The World“, lançada originalmente em 1985, como parte de uma campanha de combate a fome na África. Na época, 45 artistas formaram o grupo “USA for Africa” (agora “USA for Haiti” – claro, tinha que ser os Estados Unidos pra salvar o mundo mais uma vez) e cantaram a música escrita pelo finado Michael Jackson. A produção ficou a cargo de Quincy Jones.

Com a catástrofe ocorrida no Haiti, mais uma vez a “caridade” e a “solidariedade” midiática apareceram, e o mesmo Quincy irá produzir a

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Outros  

Sob os Escombros, a Miséria. Sobre eles, a Hipocrisia.

HAITI

Às 16h53 do dia 12 de Janeiro, um terremoto de magnitude 7 arrasou o Haiti, o país mais pobre, ignorado e esquecido das Américas.

De primeiro ponto de desembarque dos comandados de Cristovão Colombo, de primeiro país do mundo a abolir a escravidão, o Haiti colecionou histórias que o deixavam sempre por último, por baixo, ao relento. E nada como um terremoto para empurrar as coisas mais abaixo ainda.

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