Sabe quando a gente tá cansado de ouvir aquelas mesmas músicas chulas, que não tem nada a dizer, que são um monte de frases repetidas ou sem sentido feitas no intuito apenas de agradar a audiência e gerar rios de dinheiro? É, nós todos já ouvimos várias dessas músicas sem conteúdo.
Amigos desordeiros, estreia agora no Desordem Pública uma nova categoria de posts: Músicas Desordeiras! Serão postadas músicas que saem do comum, dessa mesmice que vemos hoje em dia nas rádios, nas TV’s, nas prateleiras das lojas ou na internet: músicas que tenham algo bacana, interessante e reflexivo a dizer, músicas que transmitam uma boa mensagem aos seus ouvintes, que impactam a ordem das coisas… por isso, músicas desordeiras.
E pra começar, nada melhor do que uma canção escrita por John Lennon, composta com Paul McCartney e tocada pela maior banda de todos os tempos: Revolution.
Revolution foi escrita e lançada em 1968, ano marcado por muitos acontecimentos e protestos ao redor do mundo e que geraria uma onda de transformações políticas, éticas, sexuais e comportamentais, que afetariam todas as gerações seguintes. Eram tempos de Guerra do Vietnã, eclosão de diversas ditaduras na América Latina (como a do Brasil), greves, movimentos estudantis, Guerra Fria, paz e amor. E neste contexto, os Beatles deram sua opinião sobre tudo aquilo que acontecia no momento.
O argumento de John Lennon, porta-voz político do grupo, era o seguinte: todos falam em destruir o sistema, mas acabam colocando um monstrengo pior em seu lugar. Lennon dizia explicitamente que não contassem com ele nas barricadas, se fosse para engolir a velha história do sistema. E argumentava: Os franceses não haviam inventado essa lenda de liberdade, igualdade e fraternidade? Ao que isso levou? À guilhotina. Os russos não colocaram o trem do marxismo para rodar? E ele não saiu dos trilhos?
E se observarmos os recentes acontecimentos deste ano de 2011, o discurso de Lennon está atualizadíssimo.
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