Outros  

Sob os Escombros, a Miséria. Sobre eles, a Hipocrisia.

HAITI

Às 16h53 do dia 12 de Janeiro, um terremoto de magnitude 7 arrasou o Haiti, o país mais pobre, ignorado e esquecido das Américas.

De primeiro ponto de desembarque dos comandados de Cristovão Colombo, de primeiro país do mundo a abolir a escravidão, o Haiti colecionou histórias que o deixavam sempre por último, por baixo, ao relento. E nada como um terremoto para empurrar as coisas mais abaixo ainda.

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Repórteres que deveriam ser soterrados no Haiti

VERGONHA

Após o terremoto que atingiu e arrasou ainda mais o Haiti (falaremos disso posteriormente), a opinião pública mundial contaminou-se com um sentimento estranho de compaixão, alimentado a cada nova informação de possíveis mortos, de pessoas encontradas vivas, e de prédios destruídos. Cumprindo o seu papel, estava a imprensa, transmintindo em tempo real as imagens da desgraça humana: a direta, visível e chocante, e a indireta, hipócrita e repugnante, tema de outro post.

A princípio, nesta busca por informações, os repórteres brasileiros conseguiram um grande benefício em favor de seus trabalhos: como a Força de Segurança da ONU era composta por soldados brasileiros, muitos repórteres embarcavam nos ombros dos compatriotas militares, visualizando e registrando as diversas e tristes cenas da devastação haitiana com segurança e preferência, já que assim conseguiam entrar em áreas de difícil acesso. Algumas cenas de resgate correram o mundo, e a que você verá a seguir reitera ainda mais a minha opinião de que para ser jornalista você não precisa de um diploma superior em Comunicação Social… Por que isso não acrescenta muita coisa… Seria o jornalismo um curso superior de técnicas de redação?

Ao encontrar uma mulher soterrada, a equipe da TV Globo desembarca junto com soldados brasileiros para acompanhar o resgate. Só que este resgate atrasa “um pouquinho”: A prioridade não é a vida, mas os microfones.

“Tá vivo? Será que tá vivo? (…) Dá uma paradinha aqui… “

“Pergunta pra ela se ela tá bem”.

“Vivo, tem gente vivo aqui!”

“Are you ok?”

“Oh eu consigo ver a mão dela daqui!”

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Vídeos  

Boris Casoy: Isso é uma VERGONHA!

Sabe aqueles dias em que o silêncio vale mais do que mil palavras?

Em que é melhor ficar calado para não falar besteira?

Sabe aquelas horas em que toda a sua reputação vai por água abaixo por um simples deslize?

Eis um destes momentos:

Bóris Casoy sempre foi conhecido pelo seu jargão “Isso é uma vergonha!”, sempre se referindo, na maioria das vezes, à reportagens que mostravam situações de corrupção, politicagem, ou algo éticamente não muito aceito. O jornalista sempre foi o estandarte da moralidade, do correto, sempre foi a voz dos telespectadores enraivecidos com as tristes notícias por ele divulgadas, nos telejornais que apresentava. Entretanto, num momento de distração, fez uma ironia que seria apenas mais uma se não estivesse carregada de elitismo e profundo preconceito. Quem diria?

É bom que isso aconteça às vezes, para que as pessoas aprendam sempre a rever os seus referenciais, não importa quais sejam. Tem tanta gente que acha que a Veja é a melhor revista semanal do mundo, que o William Bonner é o melhor jornalista e que Arnaldo Jabor é o ápice da intelectualidade do país…

Bom, o legal foi ver o Sr. Casoy, que “do alto de seus anos de jornalismo”, teve que pedir desculpas em público pela cagada que fez, que o colocou “no mais baixo da escala da decência”, embora o tal jornalista não esconda, do alto de sua  empáfia, que  tal pedido de desculpas é forçado e feito por obrigação. Mesmo assim, do alto deste blog, umFeliz 2010 pra você também, Bóris!

Se os garis recolhem o lixo feito pelos outros, deveriam eles varrerem o cidadão acima?

Especiais  

Feliz 2010, cambada!!!

Foi dada largada ao ano de 2010 da Era Cristã, aquela inventada a partir do ano que Jesus não nasceu!

Nessa época do ano as pessoas começam a traçar metas: Fazer dieta, parar de fumar, arrumar emprego, trocar de emprego, arrumar namorada, arrumar casamento, largar a esposa, trair o marido, abrir um negócio, abrir O negócio… Perder a virgindade, traçar uma virgem, ganhar dinheiro fácil, sair do crediário, ter filhos, se livrar dos filhos, sair da seca (o mais interessante é que pra sair da seca a pessoa precisa de água, por isso ela tem que  afogar o ganso e molhar o biscoito), sossegar a pixirica… Ir à igreja, ao terreiro, ao centro espírita, ir visitar criancinhas em orfanatos, velhinhos em asilos, doentes em hospitais… Ir ao estádio, à academia, ao festival de dança do ventre, ao clube das mulheres, a uma balada gay, à Parada Gay… Galgar novas posições no emprego, na aula de judô, no mercado financeiro, na bolsa de valores, no quarto da namorada… Estudar, entrar na faculdade, sair logo da faculdade, falar uma nova língua, provar novas línguas…

Um novo ano supõe novos objetivos, por mais iguais e sem novidades que eles sejam. A maioria dos nossos sonhos são os mesmos dos anos anteriores. O ímpar encontro entre 31 de Dezembro e 01 de Janeiro cria uma atmosfera onde tudo pode ser possível, alcançável, pois é aberto um período de 365 dias novinhos em folha para fazermos o quiser com eles. O que você vai fazer neste ano? Nem você sabe!

Entonces, o blog Desordem Pública deseja a todos os seus leitores um Ano Novo repleto de felicidades, harmonia, realizações, e blá blá blás…

Aliás, um ano repleto daquelas palavras que começam com S: Sexo, Saúde e… $$$$!

Nos vemos em 2010!