por Clarice Lispector
Flores envenenadas na jarra.
Roxas azuis, encarnadas, atapetam o ar.
Que riqueza de hospital!
Nunca vi mais belas e mais perigosas.
É assim então o teu segredo.
Teu segredo é tão parecido contigo
Que nada me revela além do que já sei. E sei tão pouco
Como se o teu enigma fosse eu.
Assim como tu és o meu.
Posts Relacionados
Quadrilha, por Carlos Drummond de Andrade
O Rio, por Vinícius de Moraes
Matinal, por Mário Quintana