Ilustríssimos amigos desordeiros!

Este nosso país tem algumas manias um pouco absurdas: mania de dar jeitinho em tudo, mania de achar que o que vem de fora é melhor do que o que está aqui, mania de gostar de feriados, mania de misturar política com religião, mania de querer levar vantagem em tudo, e mania de achar que educação se resolve com provões.

O nosso governo se vangloria de fazer um mega-ultra-espetacular exame nacional, coisa nunca vista em toda a Via Láctea e  motivo de orgulho no Brasil. Coisa boba. Se o governo não consegue fazer um plano de ensino onde os alunos sejam avaliados plenamente dentro de suas salas de aula, fazer um provão é um caminho (tortuoso). Mas de que adianta fazer provões e provões e nada mudar? Por mais que provas e testes nacionais sejam inventados, a educação  brasileira segue a mesma porcaria de sempre.

O Enem é um grande exemplo disso. E sua imagem vem sendo denegrida ano após ano, por falhas administrativas, elaborativas e de planejamento educacional.

Na prova realizada no último dia 06 de Novembro, um erro tosco prejudicou todos os estudantes que fizeram a versão “amarela” do Enem; ocorreram erros no caderno de questões e na folha de respostas. Isso seria “apenas um erro” se não tivéssemos um histórico bem negligente:

- Em 2007, 2008 e 2009 ocorreram sistemáticos vazamentos de dados pessoais de inscritos.

- No ano passado, a prova foi furtada e com o vazamento de dados, o Enem teve de ser aplicado com dois meses de atraso, após ser totalmente refeito. Muitas faculdades e universidades que utilizariam as notas do Enem tiveram que descartá-las.

- Milhões e milhões de reais foram gastos para fazer a prova original, para confeccionar uma nova prova em substituição à original (que fora roubada), para distribuí-la e aplicá-la. Com a prova original, foram gastos R$ 116 milhões. Com a nova prova, o valor pulou para R$ 132 milhões.

- Devido aos inúmeros problemas do Enem 2009, 1,5 milhão de pessoas desistiram de prestar o Enem daquele ano.

- Agora em 2010, a prova do Enem estava prevista para Outubro, mas acabou  sendo jogada para  Novembro, fazendo com que grandes vestibulares, como a Fuvest e a Unicamp, desistissem de utilizá-lo

E diante de tudo isso, nosso Presidente Bêbado e nosso Ministro da Educação Burro dizem a quem quiser ouvir que o Enem 2010 foi um “sucesso absoluto”. Só se for um sucesso absoluto de incompetência e de rasgação de dinheiro público na cara do povo!

O impasse continua… Teremos um novo Enem? A garotada terá mais um fim de semana estressante? Mistério.

O fato é que me lembrei de mais uma mania do povo brasileiro: a mania de bagunça. E de não fazer nada direito.

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