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Repórteres que deveriam ser soterrados no Haiti

VERGONHA

Após o terremoto que atingiu e arrasou ainda mais o Haiti (falaremos disso posteriormente), a opinião pública mundial contaminou-se com um sentimento estranho de compaixão, alimentado a cada nova informação de possíveis mortos, de pessoas encontradas vivas, e de prédios destruídos. Cumprindo o seu papel, estava a imprensa, transmintindo em tempo real as imagens da desgraça humana: a direta, visível e chocante, e a indireta, hipócrita e repugnante, tema de outro post.

A princípio, nesta busca por informações, os repórteres brasileiros conseguiram um grande benefício em favor de seus trabalhos: como a Força de Segurança da ONU era composta por soldados brasileiros, muitos repórteres embarcavam nos ombros dos compatriotas militares, visualizando e registrando as diversas e tristes cenas da devastação haitiana com segurança e preferência, já que assim conseguiam entrar em áreas de difícil acesso. Algumas cenas de resgate correram o mundo, e a que você verá a seguir reitera ainda mais a minha opinião de que para ser jornalista você não precisa de um diploma superior em Comunicação Social… Por que isso não acrescenta muita coisa… Seria o jornalismo um curso superior de técnicas de redação?

Ao encontrar uma mulher soterrada, a equipe da TV Globo desembarca junto com soldados brasileiros para acompanhar o resgate. Só que este resgate atrasa “um pouquinho”: A prioridade não é a vida, mas os microfones.

“Tá vivo? Será que tá vivo? (…) Dá uma paradinha aqui… “

“Pergunta pra ela se ela tá bem”.

“Vivo, tem gente vivo aqui!”

“Are you ok?”

“Oh eu consigo ver a mão dela daqui!”

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