Era só o que faltava.
No início da noite desta quarta-feira, o presidente Lula assinou um projeto de lei que concede auxílio financeiro a ex-jogadores da Seleção Brasileira. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o documento enviado por Lula propõe o pagamento, em uma única vez, de um prêmio no valor de R$ 100 mil a cada jogador das seleções de 1958, 1962 e 1970. Além da gratificação, os campeões mundiais receberiam uma pensão mensal calculada com base no valor de aposentadoria que o ex-atleta já recebe e no teto da Previdência, que é de R$ 3.416,00.
- Iffo vai me dá maisz fama e maisz votu pra Dilma, já quié época de copa du mundio e das eleção. Vai, curintia!
Se o governo tem um discurso pautado no corte de gastos para combater a inflação, na realidade mostra outra coisa. Enquanto o reajuste da aposentadoria segue em litígio lá em Brasília, o senhor presidente decide, numa tacada só, criar a chamada “Bolsa Copa” para presentear os velhinhos que vestiram a amarelinha. Os valores propostos são de invejar qualquer um. Tudo porque os jogadores, não importando se titulares ou reservas, fizeram parte das seleções campeãs. E se o jogador já morreu? Não interessa! A quantia irá para a esposa oupara seus descendentes diretos!
Ao discursar durante cerimônia em homenagem aos jogadores campeões da Copa de 1958, Lula disse:
“Vamos apresentar proposta no Congresso para criar aposentadoria a esses cidadãos, que são a cara do Brasil que vence. Que eles possam viver mais dignamente e sejam respeitados por nós. Alguns jogadores passam privações. Não podemos permitir que alguns que conseguiram enaltecer a alma do povo brasileiro não conquistem esse direito. Não é sempre que a gente consegue produzir heróis.”
Em contrapartida, o grande craque Tostão, um dos titulares da seleção campeã em 1970, rebateu:
Na semana passada, ao chegar de férias, soube, sem ainda saber detalhes, que o governo federal vai premiar, com um pouco mais de R$ 400 mil, cada um dos campeões do mundo, pelo Brasil, em todas as Copas. Não há razão para isso. Podem tirar meu nome da lista, mesmo sabendo que preciso trabalhar durante anos para ganhar essa quantia. O governo não pode distribuir dinheiro público. Se fosse assim, os campeões de outros esportes teriam o mesmo direito. E os atletas que não foram campeões do mundo, mas que lutaram da mesma forma?
Tostão ainda lembrou que os campeões mundiais receberam vários prêmios na época (lembrou o fato dos jogadores da Copa de 1970 terem ganho, cada um, um fusca do então prefeito paulistano Paulo Maluf – fusca este que teve de ser devolvido por ordem da Justiça), e que é papel da CBF e dos clubes auxiliar os jogadores que passam por dificuldades e instruir os atuais atletas a cuidar de sua carreira e vida financeira.
Aí sim, fomos surpreendidos novamente.
Trocando em miúdos: Isso é um ABSURDO TOTAL!
É totalmente ILÓGICO dar DINHEIRO PÚBLICO para sustentar EX-JOGADORES DE FUTEBOL, pelo suposto benefício que trouxeram ao país. Que benefício? Uma taça do mundo? Ora, minhas bolas!
Coitados daqueles que NÃO CONSEGUIRAM SER CAMPEÕES. Ou ainda, COITADOS DAQUELES QUE NEM PARA A SELEÇÃO FORAM, e que vivem na mais pura MISÉRIA. Destes, o governo não se lembra. E coitados de todos os outros atletas, dos OUTROS ESPORTES… Aliás, coitados da GRANDE MASSA que NÃO JOGA FUTEBOL, muito menos da seleção, que nunca terá um benefício como esse. Estes são invisíveis aos olhos do governo.
Você, pobre coitado trabalhador (se estiver empregado, né), dá duro a vida inteira (no bom sentido, é claro), e não é sequer lembrado pelo glorioso Presidente da República. Aliás, quero ver se os alienados que apoiam a idéia ainda concordarão com ela depois de contribuirem por várias décadas para o país e receberem uma aposentadoriazinha que nunca será igual à de um cara que passou um mês chutando bolas fora do país.
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